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 Domínio interior

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Quem se conhece bem sabe da sua missão de vida, seus erros do passado e prioridades e, por isso, não se desperdiça. Para Sêneca, filósofo estoico contemporâneo de Cristo, o tempo é um instante e fazer deste momento amizade para sua consciência maior representa sair-se vitorioso da própria vida. A existência deve ter como meta não o descanso, tampouco o descaso. Mas, o esforço constante contra seus vícios, arestas e imperfeições. Neste sentido, já observava Sêneca: “os perigos mortais estão dentro de mim”. 

Assim, é o domínio interior que retrata a primeira e maior realização do indivíduo. É ser liberto das más inclinações para depois mirar as conquistas e realizações que tragam benefícios e progresso geral.  Quem aprende a se dominar controla legítimo corcel de possibilidades que é o corpo carnal. 

Mais do que um simples aparato, o corpo humano é o aparelho que o espírito utiliza para angariar as experiências necessárias para o seu polimento e avanço rumo à perfeição. Obter melhor, em original produtividade da existência, o alcance das experiências e conhecimentos que fornecem discernimento, compreensão e simpatia do ser para com todos configura a tarefa basilar. Vencer-se então é a tarefa primária, para depois seguir no mundo como exemplo e inspiração para a transformação dos demais. É ser carta-viva de Cristo, cujas lições e semeaduras baseiam-se na caridade desinteressada, no perdão incondicional e no amor à todas as pessoas e criaturas. Portanto, quem se conhece e faz o bem, expande as luzes da virtude e da felicidade no mundo.

Por Paulo Hayashi Jr – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

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