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Educação Financeira: dicas para prosperar nos negócios

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De acordo com o SEBRAE, 29% dos microempreendimentos individuais, 21% das empresas de médio porte e 17% das pequenas empresas abertas no país fecham após cinco anos de operação. Entre os principais fatores para essa taxa de mortalidade, que afeta principalmente o comércio, estão a falta de preparo para planejar e administrar todos os aspectos que envolvem o negócio. 

O planejamento financeiro é, portanto, um dos grandes desafios de qualquer empreendedor, especialmente daqueles com menos experiência e que ainda estão estruturando seus processos. Veja, a seguir, sete dicas de como a educação financeira pode ajudar você nesse desafio. 

1. Crie fôlego financeiro

Um dos maiores problemas das micro e pequenas empresas é a falta de caixa para custear o negócio até que ele comece a dar lucro. Também conhecido como capital de giro, esse dinheiro é fundamental para comprar matéria-prima, pagar o aluguel, a conta de luz, água e os gastos com funcionários.

Como grande parte dos negócios no Brasil são abertos por necessidade, é muito comum que o empreendedor use todo o dinheiro que possui para abrir o negócio, sem pensar em como sustentá-lo. Para garantir esse fôlego financeiro, procure iniciar com os menores custos possíveis. Em vez de abrir uma loja, por exemplo, comece devagar, trabalhando em casa, concentrando todos os gastos na compra de material, manufatura e revenda. 

Outra dica é não usar todo o dinheiro das vendas em seus gastos pessoais. Separe o que faturar em três partes: uma parte para repor o estoque, outra para montar o capital de giro e a terceira para seus gastos pessoais. Só dê o próximo passo quando tiver dinheiro em caixa para cobrir os custos da empresa por um ano.

2. Separe as contas

Outro problema muito comum é misturar os gastos pessoais com os da empresa. Quando se tem uma única conta para gerenciar tudo, é mais difícil separar o dinheiro que irá voltar para o caixa do empreendimento daquele que vai bancar os boletos do empreendedor. 

O ideal é manter as contas separadas. Caso seu negócio ainda não esteja formalizado, você pode abrir outra conta na sua pessoa física mesmo para cobrar seus clientes, pagar fornecedores e juntar o dinheiro das vendas. Use o pix para transferir o dinheiro entre as duas contas e jamais utilize sua conta pessoal para fazer compras para o negócio ou vice-versa.

Essa medida simples vai ajudar você a gerenciar a parte que fica no negócio e a parte que pode ser usada para as despesas de casa.

3. Formalize seu negócio

Abrir um CNPJ pode ajudar de diversas maneiras o seu negócio a prosperar. Além de permitir que você tenha sua conta empresarial separada da conta pessoal, a formalização lhe garante benefícios previdenciários, como salário-maternidade, auxílio por incapacidade temporária, aposentadoria por incapacidade permanente e aposentadoria por idade. O cônjuge e os dependentes do empreendedor também contam com benefícios, como pensão por morte e auxílio-reclusão. 

Além disso, um CNPJ inspira maior confiança no mercado e abre portas para a venda no atacado, ou seja, para outras empresas. Grandes clientes corporativos exigem nota fiscal para comprar do seu negócio, por isso, a formalização é um investimento que pode expandir os lucros. 

Outra vantagem da formalização é obter crédito mais barato, voltado ao fomento de pequenos empreendedores.

4. Calcule bem os preços

O faturamento de um negócio é resultado de uma operação muito simples: o preço multiplicado pela quantidade de produtos vendidos ou serviços prestados. Por isso, praticar o preço certo, justo para quem compra e rentável para quem vende, é fundamental. 

Dedique um tempo para calcular o valor correto de seus produtos ou serviços. Para isso, é importante considerar todos os custos diretos e indiretos, além de uma margem de lucro para reinvestir na empresa. Veja como fazer essa conta:

Custos diretos: são os gastos que variam de acordo com a quantidade vendida de produtos ou serviços, como matéria-prima, embalagem, frete, salário das pessoas envolvidas na produção, impostos e comissões sobre as vendas. 

Custos indiretos: são aqueles que devem ser pagos independentemente do volume de vendas, como aluguel, condomínio, pró-labore do empreendedor, pagamento do contador, luz, água, taxas mensais etc. 

Margem de lucro: percentual calculado sobre o custo total do produto, que deve ser usado para reinvestimentos, como compra de materiais, conserto de equipamentos, expansão, entre outras medidas importantes para fazer seu negócio crescer.

Depois de somar os custos diretos, indiretos e a margem de lucro, você terá uma ideia do preço a ser cobrado. Aí é hora de olhar a concorrência e avaliar se o seu preço de venda está compatível com o que o mercado cobra por produtos ou serviços similares. Vale a pena fazer uma pesquisa com o consumidor para avaliar quanto ele está disposto a pagar pelo que você tem a oferecer. Caso o valor final esteja muito acima da concorrência ou da disposição dos compradores, avalie como tornar seu produto ou serviço mais acessível sem abrir mão da qualidade.

É possível que você leve um tempo para chegar ao preço ideal, mas essa etapa é essencial para garantir os lucros do seu negócio.

5. Controle o caixa

Assim como é fundamental controlar o orçamento nas finanças pessoais, as contas da empresa precisam de controle em dobro. Afinal, saber quanto dinheiro entra e quanto sai é a chave do sucesso de qualquer negócio. Para isso, existem várias planilhas e aplicativos disponíveis no mercado que possibilitam uma gestão adequada das contas da empresa, bem como uma análise crítica dos resultados do empreendimento. Confira o checklist para você aplicar o controle financeiro do seu negócio.

6. Facilite o pagamento

Aceita PIX? Cartão de crédito ou débito? Se você ainda está preso ao dinheiro de papel, saiba que pode estar perdendo muitas vendas. Hoje em dia, quanto mais formas de pagamento você aceitar, maiores serão as chances de ampliar os lucros do seu negócio. Sim, as operadoras de cartão cobram taxas sobre as vendas, mas vale a pena investir um percentual pequeno do faturamento para facilitar o pagamento de seus clientes, ampliar sua comodidade, aumentar o tíquete médio e garantir que voltem ao seu estabelecimento. 

7. Use o crédito certo

Nem sempre o empreendedor tem todo o dinheiro que precisa para expandir o empreendimento, reformar a loja ou investir na divulgação, por isso pode ser necessário lançar mão do crédito. Porém, por falta de formalização ou conhecimento, é comum as pessoas usarem produtos de crédito voltados a pessoas físicas para fazer investimentos nos negócios, quando poderiam aproveitar taxas muito mais baratas utilizando créditos específicos para empresas. 

As linhas de crédito de capital de giro e antecipação de recebíveis, por exemplo, costumam ser mais atrativas do que os empréstimos pessoais. De acordo com o Panorama de crédito da Febraban de agosto/23, enquanto a taxa média de juros da antecipação das compras com cartão oferecida a empresas é de aproximadamente 16% ao ano, os juros do empréstimo pessoal chegam, em média, a 42% ao ano.

Pesquise as opções disponíveis e, independentemente da sua decisão, mantenha controle sobre os gastos da empresa e tenha em mente um cenário conservador ao projetar o volume de vendas necessário para custear as parcelas de um empréstimo. 

Fonte: Febraban

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