Em 17 de novembro é celebrado o Dia da Criatividade, uma palavra proveniente do latim: creatus, que pode ser definida como a capacidade de fazer surgir algo novo a partir de uma ideia original. Mas você sabe de onde vem a criatividade? Conhece as características de uma pessoa criativa? Sabe o que a ciência diz a respeito?
Na antiguidade, acreditava-se que se tratava de um talento divino, um privilégio concedido a poucos, conceito que, ao longo do tempo, acabou sendo desmistificado pela ciência. Hoje se sabe, por exemplo, que entre 25% e 40% do processo criativo está relacionado à genética. A criatividade, portanto, não é um dom, e sim uma competência que pode ser desenvolvida ao longo da vida.
Boa parte do processo criativo, ao que tudo indica, está associada ao hábito da leitura, do questionamento, à expansão da consciência, a conhecer culturas e lugares diferentes… Afinal, não precisa ser um cientista para deduzir que tudo isso serve de matéria-prima para desenvolver a imaginação.
Criatividade também está relacionada ao pioneirismo e a resolução de problemas. Para estimulá-la, é preciso sair da zona de conforto, esforçar-se para enxergar o mundo sob um prisma diferente, fora dos padrões já estabelecidos, uma vez que pensar fora do senso comum requer empenho, e biologicamente, o cérebro humano foi programado para economizar energia.
Talvez por isso, até as pessoas mais criativas sofram com bloqueios. O mais importante nesta situação é buscar o foco e ser você mesmo. É preciso ficar atento. Muitas vezes a resposta vem quando menos se espera. Esteja pronto para anotá-la. As ideias são etéreas e costumam escapar, principalmente as boas.
Ainda segundo a ciência, a criatividade também está associada à capacidade de estabelecer conexões entre questões aparentemente desconexas. Via de regra, uma pessoa criativa também é uma pessoa detalhista, observadora, que costuma rejeitar receitas prontas.
Outra característica de uma pessoa criativa é a capacidade de experimentação, de usar a sua intelectualidade para explorar o mundo, de submeter-se a novas experiências sensoriais.
Dessa forma, além de interferir na dimensão emocional do sujeito, pensar fora da caixa também é o motor que impulsiona o mundo em seu constante de ciclo renovação, seja ela artística, tecnológica ou mesmo profissional. E viva o Dia da Criatividade!
Por Aroldo Veiga – autor dos romances Antagônicos e Trono de Cangalha.