A filantropia transcende a mera prática de assistencialismo financeiro, revelando-se como um comprometimento emocional e racional com causas que fundamentam a construção de estruturas sociais justas. Nesse contexto, a filantropia não apenas fortalece as causas sociais, mas também propicia melhorias significativas para toda a sociedade, abrangendo e solucionando diversas mazelas sociais.
A pluralidade de causas com as quais os indivíduos se engajam cria uma rede abrangente de apoio, cobrindo uma ampla gama de desafios. Quando a sociedade se envolve em causas diversas, ocorre um fortalecimento coletivo. A prosperidade da sociedade se reflete, por sua vez, em oportunidades mais acessíveis para as individualidades, o que demonstra que a filantropia é um catalisador para o progresso e a felicidade. Sua prática não apenas impacta positivamente a sociedade como um todo, mas também tem efeitos benéficos na saúde mental e emocional daqueles que doam.
O ato de doar e de buscar um envolvimento emocional com as causas gera gratidão e promove uma terapia valiosa para a saúde mental. A conexão emocional e racional com as causas filantrópicas não apenas transforma a realidade externa, mas também proporciona um sentido mais profundo de satisfação pessoal.
Como Defensor Público Federal e Comendador Cultural, estou pessoalmente envolvido em instituições que exemplificam o comprometimento filantrópico. O Chaverim, que presta assistência e inclusão para pessoas com deficiência intelectual, mental e psicossocial; o Instituto FEFIG, que fortalece políticas públicas eficientes para incentivar a educação; o projeto Vibrar com Parkinson, focado no acolhimento e inclusão de pessoas com a Doença de Parkinson; e o Projeto Renascer, que oferece assistência e capacitação a gestantes.
A construção de estruturas sociais inclusivas é muito mais que um dever moral. Convido todos, portanto, a se envolverem com causas sociais e a considerarem a filantropia como uma ferramenta poderosa na construção de estruturas sociais justas. Por meio do comprometimento emocional e racional, podemos contribuir para um mundo mais justo e inclusivo, onde a prosperidade individual e a coletiva se entrelaçam para o bem de todos.
Por André Naves – Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social, e mestre em Economia Política.