A inquietação prevalece em muitos colaboradores que se afinam com a tarefa do mestre Jesus. Todavia, a impaciência pela aquisição das luzes pessoais torna a labuta mais difícil ainda. Anseiam por adquirir novas habilidades e experiências, mas esquecem da disciplina e da fé que são elementos fundamentais para maturar o ser. É essencial que a maturidade venha com o passo certo, pois, não raro, fruta que se acelera o amadurecimento torna-se uma experiência insatisfatória. A doçura natural vem com a transformação interna e não com os expedientes externos. Quem sabe os caminhos corretos trabalha de modo silencioso e sem pretensões. Por exemplo, amar sem esperar nada em troca ou de ajudar os que necessitam. Neste sentido, aponta Paulo de Tarso, o apóstolo dos Gentios: “Não desprezes o dom que há em ti” (I Tim. 4:14). A habilidade de fazer o bem e de progredir. De realizar o que é essencial para viver com plenitude, pois o ser humano veio com a sagrada missão de aprender as lições para o seu engrandecimento e não para viver sem responsabilidade ou obrigação. Aqueles que movimentam desde cedo a vontade e os instrumentos para o trabalho conseguem acumular melhor os resultados na Terra. São lições de ver na teoria e exemplificar, de desenvolvimento cognitivo e também das mãos, emoções e outras partes do corpo. É preciso ser de Deus por inteiro e com a marca da utilidade. Por isso, quem não despreza o dom faz da vida legítimo canteiro de obras.
Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.