Dados da iO Diversidade, Instituto Locomotiva e QuestionPro mostram que sobrecarga e desigualdade no mercado de trabalho são percebidas pela grande maioria das mulheres
• 91% das mulheres que têm filhos afirmam que enfrentam mais desafios no mercado de trabalho
• 92% das mães acham que as mulheres se preocupam mais do que os homens com a rotina de cuidados com a casa e com a família/filhos
• 94% consideram que mulheres se sentem exaustas em razão do acúmulo de atividades de trabalho externo e cuidados domésticos
Pesquisa encomendada pela iO Diversidade e realizada pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro reforça o que muitas mães sentem na pele todos os dias: exaustão pela dupla jornada. Apesar de metade da população considerá-las como a pessoa que mais confia na vida, tem um outro lado que merece atenção: a sobrecarga e a desigualdade no mercado de trabalho, percebidas pela grande maioria das mães brasileiras. Diante da desproporção enfrentada nos lares, 91% das mulheres que têm filhos afirmam que têm mais desafios no mercado de trabalho, por exemplo.
Os dados ainda apontam que 92% das mães acham que as mulheres se preocupam mais do que os homens com a rotina de cuidados com a casa e com a família/filhos. E 94% consideram que mulheres se sentem exaustas em razão do acúmulo de atividades de trabalho externo e cuidados domésticos.
“O estudo mostra o papel fundamental que elas têm na construção de relações de confiança e suporte na sociedade. Mas elas acabam sendo penalizadas devido à divisão desigual do trabalho de cuidado”, diz Rachel Rua, diretora da iO Diversidade.
Apesar de não fazer parte da realidade atual de diversas mulheres, nove em cada 10 mães acreditam que os homens deveriam ser tão responsáveis quanto elas nos cuidados dos filhos. A mesma quantidade afirma que mulheres se preocupam mais do que os homens com a rotina de cuidados com a casa e com a família/filhos.
“Em pleno século 21 ainda precisamos reforçar a importância do apoio mútuo entre homens e mulheres, seja nos afazeres do lar ou no cuidado com os filhos. Não há por que existir diferenciação. Da mesma forma, é injusto que elas tenham um tratamento diferenciado no mercado de trabalho”, avalia Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
A pesquisa quantitativa realizou 1.500 entrevista com homens e mulheres de todo o País, de 15 a 22 de abril de 2024. A margem de erro é de 2.5 p.p.