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Fumantes têm duas vezes mais chances de sofrer um infarto

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O consumo de tabaco é a causa de morte mais evitável em todo o mundo, mas um em cada dez adultos perde a vida por causa das consequências dele. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente são contabilizadas sete milhões de óbitos e 900 mil pessoas vivendo como fumantes passivos. Além destes números alarmantes, estudos indicam que pessoas fumantes têm quase duas vezes mais chances de sofrer um infarto.
 

O Dr. Alexandre Abla, cardiologista do Hcor, afirma que da mesma forma que o tabaco é um agente prejudicial à saúde, hoje o uso de cigarros eletrônicos também acende um alerta. “A nicotina presente nos cigarros ou nos vapers está diretamente relacionada ao aumento da frequência cardíaca, elevação da pressão arterial e intensificação do estresse oxidativo, que em excesso pode acelerar o processo de envelhecimento da pele, promove disfunção dos vasos sanguíneos, além de aumentar sintomas de ansiedade, cansaço, sensação de estafa e desequilíbrio emocional. Estes sintomas, geralmente, tendem a estimular o consumo dos cigarros, tornando-se um ciclo vicioso”, informa o especialista.

Além disso, o consumo de nicotina por meio destes aparelhos está associado à inflamação, disfunção endotelial (desequilíbrio na manutenção da circulação sanguínea, regulação do tônus vascular e coagulação), lesões vasculares e desenvolvimento de aterosclerose (placas de gordura nos vasos).
 

Os benefícios para quem deixa de fumar vão além de melhorar a qualidade de vida do usuário:

• 20 minutos sem fumar: redução da frequência dos batimentos cardíacos e da pressão arterial. A temperatura dos pés e das mãos se eleva.

• 12 horas: o monóxido de carbono atinge níveis normais no sangue.

• 2 semanas: a circulação sanguínea melhora.

• 1 ano: reduz pela metade o risco de ataque cardíaco.

• 5 anos: o risco de ter um derrame ou AVC se equipara ao de uma pessoa não fumante.

• 15 anos: a incidência de doenças cardíacas é igual a de alguém não fumante.

“Comumente, o tabagismo vem atrelado a uma válvula de escape, uma descompressão que, de fato, pode ter sua utilidade para aqueles que hoje dependem da nicotina. Porém, com a orientação certa, disciplina e tratamento medicamentoso ou de suporte emocional adequado, é possível mudar e até mesmo cessar esse hábito”, explica Dr. Alexandre.
 

Ele relata ainda que parar de fumar não é uma ação solitária: é preciso frequentar ambientes de não fumantes, iniciar novos hábitos ou atividades recreativas que tirem a atenção do cigarro, começar a fazer atividade física e manter uma alimentação balanceada, são práticas que podem ajudar.
 

“Quando você acende um cigarro, está queimando o tabaco da mesma forma que consome sua saúde, seu bem-estar e futuro. É preciso refletir sobre os malefícios do tabagismo, os motivos pelos quais você iniciou essa jornada e o que te sustenta nela. Lembre-se sempre de que estilo de vida é uma questão de escolha”, finaliza.

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