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Pós-graduação em Recursos Naturais desenvolve anestésicos para peixes

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08/07/2019 16h58

A dissertação de mestrado da acadêmica, Arlene Ventura Sobrinho, do Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais, oferecido pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade de Dourados, investigou o uso de produtos derivados de plantas para anestesiar peixes. A pesquisa foi desenvolvida em parceria com a Embrapa Agropecuária Oeste e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A acadêmica teve orientação da professora Claudia Andrea Lima Cardoso e coorientação da professora Tarcila Souza de Castro Silva. O estudo também faz parte do projeto Fundect (TO 126/2016): “Avaliação do potencial dos óleos de cidreira e alecrim pimenta como anestésicos para o pacu”.

A pesquisa buscou encontrar uma solução menos invasiva para anestesiar peixes, já que atualmente os produtos sintéticos mais utilizados na piscicultura com o propósito de anestesia de peixes tem alto valor de mercado e aumentam o custo de produção da atividade. Além de deixar resíduos na carne, necessitando um longo período de carência.

A anestesia pode ser utilizada em procedimentos de rotina em fazendas de produção de peixes, como biometria, identificação de reprodutores, vacinação, transporte; situações causadoras de estresse que podem ocasionar imunossupressão, injúrias físicas e até mesmo mortalidade. Com o objetivo de otimizar o manejo e minimizar os fatores de estresse, o uso de anestésicos naturais tem se tornado uma prática comum durante a manipulação de animais no manejo produtivo.

Os produtos derivados de plantas como os óleos essenciais de Lippia alba e Lippia sidoides foram efetivos agentes anestésicos em pacu Piaractus mesopotamicus. O pacu é uma espécie nativa das bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai e junto a seu híbrido patinga é a segunda espécie de peixe mais produzida no estado de Mato Grosso do Sul com 957.990 toneladas no ano de 2017.

Além de seu efeito anestésico foi observado que os óleos essenciais de L. alba e L. sidoides são rapidamente metabolizados e excretados pelos peixes, e que após 48 horas não é possível encontrar nenhum resíduo do agente anestésico no sangue, o que torna a aplicabilidade destes óleos essenciais extremamente interessante, pois nenhum alimento comercializado deve ter resíduos de compostos químicos utilizados durante o processo de produção.

Estudos como este apoiam o aperfeiçoamento da atividade aquícola no estado de Mato Grosso do Sul, promovendo alternativas naturais a serem utilizadas em práticas de manejo, com intuito de aumentar a produtividade e lucratividade da produção.

Liziane Zerpelon – Assessoria de Comunicação Social UEMS

Estudo utiliza plantas como agentes anestésicos para peixes.Fotos:Arquivo Pessoal

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