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O que esperar dos hábitos de beleza no pós-pandemia?

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05/09/2020 03h17 – Por: Fábio Yamamora

Longe de ser uma unanimidade entre neurocientistas, a teoria dos 21 dias defende que após 3 semanas repetindo a mesma atividade, esta se tornaria um hábito. O que se sabe é que após 5 meses de isolamento social, a indústria de cosméticos precisa levar em consideração que a pandemia representa uma modificação no padrão de comportamento dos consumidores e cabe às empresas abarcá-las. A dimensão da mudança – ou aceleração como alguns preferem acreditar – ainda é incerta, mas já é possível considerar alguns hábitos de beleza do pós-pandemia.

A importância dos salões de beleza – A procura pelos salões de cabeleireiro assim que a reabertura parcial foi autorizada nos mostra que, com certeza, o profissional da beleza realiza um serviço essencial. Após meses improvisando cuidados com os cabelos em casa, as clientes valorizam ainda mais o conhecimento e técnica dos profissionais. Contudo, é preciso levar em consideração que é possível que mesmo após a pandemia, as pessoas optem por sair menos de casa. Assim, o espaçamento entre as visitas ao salão será maior.

Este novo hábito não precisa representar uma queda na receita, pelo contrário. Durante o isolamento muitos cabeleireiros utilizaram as redes sociais para ensinar como se cuidar em casa – isso mostra que este é um conhecimento valorizado. Por isso, a indústria cosmética precisa trabalhar junto aos profissionais da beleza para pensar em linhas de tratamento para o salão com opções de manutenção em casa que vão além do shampoo e condicionador, mas produtos que revitalizem os procedimentos até próxima visita.

Evidências Científicas – Os meios de comunicação realizaram um trabalho importante colocando cientistas e profissionais da saúde para explicar e informar sobre os avanços e cuidados com a Covid-19. O fato é que a ciência – merecidamente – está em alta. Com isso, os consumidores estão valorizando mais o trabalho de especialistas que, inclusive, ganharam destaque nas redes sociais. Para a indústria, chegou a hora de investir mais em pesquisa, novos ativos, inovação e, além disso, compartilhar o trabalho de laboratório com os consumidores. O novo hábito de compra será bastante embasado em evidências.

Sustentabilidade – Outro desafio para indústria de cosméticos está em aliar a sustentabilidade em todos os processos de produção. A pandemia acelerou a conscientização dos clientes sobre o impacto dos hábitos de consumo no meio ambiente. Agora, antes de comprar muitos avaliam se a extração de princípios ativos não está envolvida em problemas ambientais, se são renováveis ou não. Além do coronavírus, os últimos anos foram marcados por crimes ambientais, queimadas, desequilíbrio de ecossistemas. Deste modo, é natural que a experiência molde os novos padrões de consumo.

A crise da COVID-19 provavelmente irá acelerar as tendências que já estavam moldando o mercado, como as compras via comércio eletrônico. Consumidores em todo o mundo estão mostrando por suas ações que ainda encontram conforto nos prazeres simples de um “domingo de autocuidado” ou em uma maquiagem e ajeitada no cabelo antes de uma videoconferência.

Mesmo antes da pandemia, a definição de beleza estava se tornando mais global, expansiva e entrelaçada com a sensação de bem-estar dos indivíduos. A crise da COVID-19 provavelmente não mudará essas tendências – e nisso há motivos para esperança.

Por Fábio Yamamora, CEO da Yamá Cosméticos

Divulgação

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