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Um olhar para as organizações, sob a lógica do transumanismo

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É preciso encarar o fato de que a globalização e o consequente entrelaçamento de nossas vidas em nível mundial, além do aquecimento global, tornam a chance de pandemias frequentes uma possibilidade cada vez mais real. Sob essa perspectiva, estamos, portanto, no ápice de grandes transformações no nosso planeta. Por isso, é preciso analisar e compreender a potência das soluções transumanistas.

Um olhar para as organizações, sob a lógica do transumanismo

Em tempo: o transumanismo se trata de um ramo filosófico enraizado na crença de que os humanos podem ser aprimorados pelo incremento tecnológico. Isso acontece por meio da engenharia genética e da tecnologia da informação, ou, ainda, da inteligência artificial e da nanotecnologia molecular, entre outros.

O que se acredita, acima de tudo, é que pode haver uma melhoria substancial na saúde e no aumento da expectativa de vida, a partir do transumanismo.

Desde a edição de 2020, os líderes políticos e empresariais que participam anualmente do WEF (Fórum Econômico Mundial) defendem sua visão para o nosso futuro pós Covid-19. Eles chamam o movimento de ‘Great Reset’. Em suma, trabalham com a premissa de que a pandemia expôs as fraquezas de nosso antigo sistema e, portanto, apresentam uma oportunidade perfeita para ‘reiniciar’ nosso mundo e começar de novo. O que é surpreendente sobre este plano é, justamente, o apoio implícito às bases do transumanismo.

Quando pensamos sob a ótica das corporações, existe um intercâmbio natural entre a Quarta Revolução Industrial e o transumanismo. Não há dúvidas de que a primeira causou impactos positivos na economia global e nos patamares de renda. Além disso, a qualidade de vida aumentou e, hoje, temos à disposição toda eficiência e comodidade de se comprar pela internet, guardar nosso dinheiro em carteiras digitais, sermos atendidos por telemedicina e dispor de muitas oportunidades de lazer a partir de serviços de streaming. Para completar, a transformação digital e as inúmeras plataformas online nos permitem realizar trabalhos em qualquer parte do mundo.

Por outro lado, a automação de empregos ajudou a melhorar, de modo geral, os resultados das organizações. Houve redução de custos e os colaboradores migraram de tarefas mecânicas para operações mais complexas. Produtos e serviços podem agora ser aprimorados com recursos digitais. Já os drones ajudam a distribuir medicamentos e auxiliam no atendimento de emergência em locais de difícil acesso. Não há dúvidas de que esta grande revolução tecnológica gerou novas oportunidades econômicas.

Em todos os setores, fica evidente o impacto das inovações. As plataformas digitais permitem um envolvimento maior do consumidor — especialmente pelas redes sociais e internet — e isso obriga as organizações a repensarem, a todo instante, seus projetos de marketing, assim como processos de logística e operação como um todo.

Ao mesmo tempo, o incremento digital acirrou, definitivamente, a concorrência. Afinal, com o uso de aplicativos, as indústrias conseguem melhorar sua qualidade, agilidade nas entregas e, ainda, oferecer preços competitivos.

De fato, a lógica clientocêntrica, onde o cliente é o centro das atenções, segue imperativa. A experiência dos consumidores permite oferta de serviços e produtos baseados em dados, favorecendo o cliente, mas também toda a cadeia. Esta grande onda de análise de dados requer novos espectros, principalmente devido à velocidade com que as mudanças estão ocorrendo.

Com o advento da Indústria 4.0, máquinas mais inteligentes e intricadas já tornam as atualizações e aprimoramentos no sistema com o auxílio de dispositivos, algo corriqueiro. Da mesma forma, a robótica e os exoesqueletos mecânicos terão o poder de ampliar nossas capacidades físicas. Operando em paralelo com a inteligência artificial e a aplicação dos conceitos de data science (estudo disciplinado dos dados e informações digitais), as novas tecnologias tendem a contribuir para o aperfeiçoamento do nosso cérebro.

Hoje, estamos avançando continuamente em direção a um futuro no qual as máquinas serão mais inteligentes do que toda a humanidade. Fica a pergunta: estamos prontos para esta transformação? Mais do que nunca, as lideranças precisam compreender o ambiente atual para desafiar as crenças de suas equipes e apostar nas inovações de forma segura, contínua, e até mesmo implacável – sem abrir mão da ética e do foco no bem-estar físico, social, mental e espiritual de cada ser humano. Ainda nesse sentido, permitindo que o mundo se abra com mais facilidade para o novo. E o grande intuito é que essa abertura acabe servindo para nos elevar, bem como nos fazer mais felizes. É preciso que haja uma integração horizontal, no sentido de não estimular a supremacia de uns sobre outros. Afinal, em um tempo não muito distante, vamos assumir tudo aquilo que nos diferencia das inteligências artificiais – ou o que nos torna parecidos. Devemos estar preparados para as possibilidades. Que tal começar ainda hoje? 

Por Felipe Leonard, CEO e presidente da S.I.N. Implant System

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